Não preciso fazer aqui uma síntese da história do filme, porque quem já leu o livro, sabe bem como ela é (e quem não leu, corra atrás, porque os clássicos da literatura sempre merecem ser apreciados). O filme vale a pena pra quem tem curiosidade em adaptações cinematográficas para as telonas. Hoje em dia isto está se tornando lugar comum, com "Saga Crepúsculo". "Harry Potter", etc. Mas nenhum destes é um clássico brasileiro de Machado de Assis.
O filme é antigo e por isso se torna interessante ver rostinhos mais jovens de alguns artistas já conhecidos. Mas o mais me chamou a atenção foi Milena Toscano, ainda praticamente uma criança e atriz completamente coadjuvante no longa (ela aparece no trailer por volta de 1'20"), vivendo o papel de Eugênia. "Memórias Póstumas" é de sua era pré-Globo, mas a reconheci de cara e, no fim, foi só confirmar o nome quando as letrinhas subiram. Só tive a impressão de que a voz dela é dublada. O que acham?
SENSACIONAL! Se há uma palavra para definir este filme é esta. "A Dama de Ferro" me fez rir, chorar e refletir sobre diversos aspectos, principalmente nossa vida como mulher. Margareth Tatcher, como mostrada no filme, foi um exemplo de como a vida da mulher ja foi muito difícil e recheada de preconceito e machismo, mas que a necessidade de luta sempre é essencial. Mas, quando se é mulher, muitas coisas acabam sendo deixadas de lado quando se prioriza algo. Família e trabalho muitas vezes conflitam. Isso sem contar em como é difícil estar no poder e no comando, seja homem ou mulher, em que qualquer atitude precipitada pode, inclusive, acabar com vidas.
Mas o filme não seria 10% do que é se não fosse pela atuação INCRÍVEL de Meryl Streep. Não vi a atuação das outras atrizes que concorreram ao Oscar 2012, mas posso garantir que nenhuma chegou aos pés de Streep neste filme. A qualidade da atriz já é percebida de longa data: como alguém pode fazer tão bem personagens tão distintos como os interpretados em "O Diabo Veste Prada", "Mamma Mia" e "A Dama de Ferro"? E, neste longa, ela ainda faz Margareth Tatcher em dois momentos da vida, e sabe diferenciar a sua interpretação de maneira esplêndida. E com a maquiagem EXCEPCIONAL, também mais do que merecidamente ganhadora do Oscar 2012 de melhor maquiagem, é fácil acreditar que são duas atrizes diferentes. Mas é sempre Meryl que está lá.
É muito difícil que eu recomende um filme com tanta vontade, ou que saia tão empolgada de uma sala de cinema, mas desta vez foi sério! rs RECOMENDO!
