Meu tempo de ler livros é escasso e muito ocupado por essas
malditas – ou não – redes sociais. Mas não
tem como deixar essas páginas de
lado. Alguma coisa muito forte me puxa pra elas, não tem jeito. Mais ou menos o
que acontece com Liesel, a personagem principal de “A Menina que Roubava Livros”
(com a diferença de que eu não tenho mania de roubar, mas de comprar ou pedir
emprestado mesmo...) rs
A história da vida de Liesel é contada por um personagem no
mínimo inusitado: a morte. E somente ela poderia fazer as observações presentes
no livro sobre os seres humanos e nossas ações. A menina viveu na Alemanha no
pior período que, imagino, o país teve: Hitler no poder. Sua mãe era comunista
e, claro, perseguida. Por isso, Liesel foi entregue para uma família pobre, que
a adotou por dinheiro. Mas seu encontro com a morte já acontece no caminho,
quando perde seu irmão. E é neste momento que a menina vê pela primeira vez um
livro, que o coveiro deixa cair na neve e passa a ser o vínculo com sua família
biológica.
Em uma época em que livros eram incendiados e apenas a
doutrina do “senhor bigodes” deveria ser difundida, Liesel dava seu jeito para
ter acesso às obras que eram renegadas.
Pela visão de uma criança muito esperta e da morte, a
narradora da história, (e que trabalhou neste período mais do que,
provavelmente, em qualquer outra época do século XX), podemos perceber os
horrores e absurdos do nazismo. É possível ver que, tirando Hitler e alguns
partidários seus, a grande massa era contra a perseguição das minorias. Todos
saíram perdendo, seja nos negócios ou no lado afetivo, quando os judeus
passaram a ser perseguidos. Na cabeça de uma criança, então, é bem difícil
entender o porquê de tudo aquilo. E na da morte também.
O autor, o australiano Markus Zusak, ouviu histórias de seus
pais, que cresceram na Alemanha nazista e na Áustria. A ideia do livro surgiu
quando ele pensou na “importância das palavras naquela época, e naquilo em que
elas conseguiram levar as pessoas a acreditar, assim como levá-las a fazer”.
“A Menina que Roubava Livros” é de uma delicadeza incrível,
que emociona a cada página. O livro possui ainda uma ótima organização dos
capítulos, que começa uma história da vida dos personagens, mas não a termina
logo de cara, te prendendo até acabar de ler tudo!
O livro já estava na estante da minha mãe há muito tempo, mas depois que descobri que vai virar filme, corri pra ler! Aí, ó: http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/a-menina-que-roubava-livros-chega-aos-cinemas-em-2014
O livro já estava na estante da minha mãe há muito tempo, mas depois que descobri que vai virar filme, corri pra ler! Aí, ó: http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/a-menina-que-roubava-livros-chega-aos-cinemas-em-2014
O trailer abaixo, ao que parece, é uma compilação de cenas de outros filmes, mas dá pra ter uma ideia do que é a história. Não, ainda não há um trailer do filme de verdade... "/
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