terça-feira, 16 de julho de 2013

Livro - "A Menina que Roubava Livros"



Meu tempo de ler livros é escasso e muito ocupado por essas malditas – ou não – redes sociais. Mas não
tem como deixar essas páginas de lado. Alguma coisa muito forte me puxa pra elas, não tem jeito. Mais ou menos o que acontece com Liesel, a personagem principal de “A Menina que Roubava Livros” (com a diferença de que eu não tenho mania de roubar, mas de comprar ou pedir emprestado mesmo...) rs

A história da vida de Liesel é contada por um personagem no mínimo inusitado: a morte. E somente ela poderia fazer as observações presentes no livro sobre os seres humanos e nossas ações. A menina viveu na Alemanha no pior período que, imagino, o país teve: Hitler no poder. Sua mãe era comunista e, claro, perseguida. Por isso, Liesel foi entregue para uma família pobre, que a adotou por dinheiro. Mas seu encontro com a morte já acontece no caminho, quando perde seu irmão. E é neste momento que a menina vê pela primeira vez um livro, que o coveiro deixa cair na neve e passa a ser o vínculo com sua família biológica. 

Em uma época em que livros eram incendiados e apenas a doutrina do “senhor bigodes” deveria ser difundida, Liesel dava seu jeito para ter acesso às obras que eram renegadas. 

Pela visão de uma criança muito esperta e da morte, a narradora da história, (e que trabalhou neste período mais do que, provavelmente, em qualquer outra época do século XX), podemos perceber os horrores e absurdos do nazismo. É possível ver que, tirando Hitler e alguns partidários seus, a grande massa era contra a perseguição das minorias. Todos saíram perdendo, seja nos negócios ou no lado afetivo, quando os judeus passaram a ser perseguidos. Na cabeça de uma criança, então, é bem difícil entender o porquê de tudo aquilo. E na da morte também. 

O autor, o australiano Markus Zusak, ouviu histórias de seus pais, que cresceram na Alemanha nazista e na Áustria. A ideia do livro surgiu quando ele pensou na “importância das palavras naquela época, e naquilo em que elas conseguiram levar as pessoas a acreditar, assim como levá-las a fazer”. 

“A Menina que Roubava Livros” é de uma delicadeza incrível, que emociona a cada página. O livro possui ainda uma ótima organização dos capítulos, que começa uma história da vida dos personagens, mas não a termina logo de cara, te prendendo até acabar de ler tudo!

O livro já estava na estante da minha mãe há muito tempo, mas depois que descobri que vai virar filme, corri pra ler! Aí, ó: http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/a-menina-que-roubava-livros-chega-aos-cinemas-em-2014

O trailer abaixo, ao que parece, é uma compilação de cenas de outros filmes, mas dá pra ter uma ideia do que é a história. Não, ainda não há um trailer do filme de verdade... "/



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